"...No respeitante às «Danças» tratava-se duns folguedos com que as festas eram abrilhantadas e das quaes se colhiam proventos, para cobrir as despezas feitas. No livro de Termos da Irmandade lê-se : «querendo alguém que se lhe fação comedias ou danças, e falando nisso a algum oficial da Meza, esse o fará saber aos mais, etc.. . . » Nada mais se pode precisar com segurança sobre as origens desta festa tam caracteristica, realizada anualmente pelos estudantes de Guimarães." Padre Gaspar Roriz Apontamentos para a história das Danças Nicolinas Estatuto da Irmandade do Séc. XVII indica já num dos seus capítulos a maneira como os estudantes obtinham meios de receita para a festividade. A exploração de Comédias e Danças pelos escholásticos e sua organização possibilitaram a construção da Capela de S. Nicolau anexa à Colegiada e que hoje nos orgulha porque novamente restaurada. Um ato de Justiça que se impunha! As Danças, começaram por ser representadas em cenas publicas, nos Rossios e recantos da Cidade e até no Toural; na Praceta do Convento das Claristas ou nos Pátios e Casas Senhoriais. Em 1738 terminou esta prática empresária de explorar representações criticas e coreográficas. Durante muitos anos as Danças quase que não existiram. É já no nosso século (1954) que, um grupo de Velhos Nicolinos refaz a Tradição das Danças dando origem à criação da Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães: Antonino Dias Pinto de Castro, Aristião Campos, Alexandre Rodrigues, Hélder Rocha, António Faria Martins, António Monteiro e o Velho Passos Armador, são os pioneiros desta aventura Nicolina. Honra ao mérito! Viva S.Nicolau! Em 1972 recreou-se este número das Danças novamente, que se realizaram no Cineteatro Jordão com muito mérito. As danças tinha sido apresentadas em anos anteriores de forma avulsa, por grupos de Estudantes. As Danças desta última série de representações criaram figuras que se destacaram pelo contributo às Nicolinas: O Afonso Henriques, A Mumadona, O Alcaide, Bobo, S. Nicolau, Minerva, Gil Vicente, o Povo, as Mulheres, os Coreiros. Um espectáculo somente de homens que se "travestiam” em diferentes personagens e que possuem um ritual de passagem de testemunho, para que a herança nicolina se mantenha viva nas diferentes gerações da Festa. Este ano, novamente haverá passagem de testemunho geracional, nas figuras de Afonso e S. Nicolau. Uma noite de saudável humor, de feérica Sátira Social, de crítica dos acontecimentos do ano na Cidade, com Música dos Trovadores do Cano. Um espetáculo que só acontece em Guimarães-Cidade Património, com cada vez mais aderentes, onde pontifica a Fraternidade Nicolina. Viva S.Nicolau! Fernando C. Miguel/1998
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