Este é o vídeo que introduziu as Danças Nicolinas de 2011. Fala das origens das festas dos estudantes de Guimarães e de S. Nicolau e mostra Guimarães no século XVII. Edição de Miguel Bastos, montagem de Ricardo Leite, ilustrações de Alexandre Reis e modelação 3D da muralha de Raimundo Gomes. A banda sonora é a cantiga "Vimaranencidade", de Paulo Rodrigues e Miguel Bastos (do CD colectivo "Guimarães no Coração").
A Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães -Velhos Nicolinos (AAELG-VN), inicia este ano, a comemoração do seu cinquentenário. Por Despacho Ministerial, a data da aprovação dos seus estatutos é 17 de Julho de 1961.
A função e propósitos desta associação são o de aglutinar as sucessivas gerações de estudantes vimaranenses, promovendo o seu convívio, ajudar, na medida do possível, estudantes necessitados, promover prémios de mérito de aproveitamento escolar e servir de retaguarda às Festas Nicolinas, todos os anos levadas a cabo pelos novos estudantes. Organiza, nesse âmbito, as próprias Danças de São Nicolau.
Nos últimos anos tem publicado diversas obras que se debruçaram sobre o fenómeno nicolino e sua história, teve um papel preponderante na reedificação da capela de São Nicolau e contribuiu para a prossecução do Monumento ao Nicolino.
Como se sabe, as Festas Nicolinas ou Festejos a São Nicolau são uma manifestação secular dos estudantes vimaranenses e constituem marca indelével e matriz identitária da vivência cultural e popular da cidade. Há mais de três séculos que envolvem a população vimaranense que nelas se embrenha desde os finais de cada mês de Novembro até à primeira semana de Dezembro, revolvendo a cidade e projectando-a, até, fora de muros.
Sendo as mais antigas festas da cidade, são expoente da memória colectiva local, mantendo e renovando a tradição na actualidade e transversais, integrando a componente cultural com elementos de cariz popular.
A AAELG-VN é uma instituição viva, interventiva e permanentemente actuante, integrando-se no tecido do dinâmico movimento associativo vimaranense.
Neste ambiente de comemoração pareceu-nos interessante subordinar as Danças de 2011 a uma fantasiosa e trágico-cómica história das Festas Nicolinas. Um repositório de episódios que, embora completamente subvertidos por anacronismos, imprecisões, chalaças e humor, tivessem um fundo evocativo e pedagógico daquilo que constitui a história das nossas festas.
Muitos dos vimaranenses desconhecem a história da sua cidade e, em particular, dos Festejos de São Nicolau. Como seria o burgo no século XVII quando começam as primeiras notícias do culto ao santo com a construção da capela a ele dedicada dentro da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira? Os nossos conterrâneos terão noção grandeza da muralha e das suas magníficas torres? Como era o Largo da Oliveira, todo rodeado de casas alpendradas? Como era o Toural, agora que tanto se fala da obra da sua remodelação? E o chafariz que retorna ao seu local original que tão importante foi e é, ainda, nas festas? E como eram as primitivas "Danças e Comédias" referidas no Compromisso da Irmandade de São Nicolau? E que raízes medievais têm as celebrações no dia de São Nicolau? E o Pinheiro era um mastro anunciador das Festas que servia de suporte a um retábulo representando a deusa Minerva? E o Pregão nicolino integrado no Bando Escolástico quando começou? E o dízimo de Urgezes da Quinta do Cabido da Colegiada é ele o núcleo fundamental de certos números como as Posses, as Maçãzinhas e o Magusto? E qual é o verdadeiro nome das Festas? Quando se começaram a chamar de "Nicolinas"? Quando é que se estabeleceu o Programa mais ou menos estabilizado com os diferentes números distribuídos pela semana de 29 de Novembro a 6 de Dezembro? E tudo é imutável? Qual a atitude perante a tradição? Reverente?
Algumas perguntas têm resposta, outras estão à espera dela... mas nós aqui, mal ou bem, criteriosamente ou de modo cábula, tentamos responder a todas!
Por Guimarães e pela Nicolinas
Miguel Bastos
Concepção e Direcção GeralMiguel Bastos
Textos originais e adaptaçõesMiguel Bastos
Jorge Castelar Guimarães
Ricardo Gonçalves
Rui Teixeira Melo
José João Torrinha
Pedro Bastos
LetrasMiguel Bastos
Direcção musicalTiago Simaens
João “Estrondo” Guimarães
Arranjo coral Maestro António Sérgio Ferreira
CoreografiaSofia Ribeiro
Cenografia André Malheiro
Rui Silva
Operador multimédia Marco Oliveira
FilmografiaRicardo (Macieira)
Capa e desenho gráficoMiguel Sousa
Ilustrações Alexandre Reis
Consultadoria histórica Amaro das Neves
Apoio organizativoAugusto Costa
João Neves
Vicente Salgado
Sonoplastia / Luminotecnia Equipa do C. C.Vila Flor
Ponto Electrónico / VOZ-OFFJosé João Torrinha
Guarda-Roupa / AdereçosAssoc. Marcha Gualteriana
A.A.E.L.G. – Velhos Nicolinos
Paula Freitas
OrquestraTrovadores do Cano
Direcção da orquestraMaestro Manuel Magalhães
Ensaios Sede dos Trovadores do Cano
Realização / CoordenaçãoA.A. E. L. G.–Velhos Nicolinos