Arquivo: Danças dos Velhos


                         
Planta do Teatro D. Afonso Henriques (c. 1920) (imagem obtida aqui)
 

No início de Novembro de 1919, o teatro de Guimarães, o D.Afonso Henriques, era classificado, numa nota no jornal Gil Vicente, como um pardieiro, onde tudo estava podre, ameaçando ruína: 

"Além de não possuir nada, absolutamente nada do que deve exigir-se numa casa que se destina a espectáculos, tem actualmente o inconveniente sério de não mostrar uma tábua que não tenha sofrido a acção da velhice."

No entanto, foi aí que o empresário Luís do Souto instalou o Vimaranes-Cine.

A sala de espectáculos que aparece representada na imagem que damos aí acima é o Teatro D. Afonso Henriques, na sua versão Vimaranes-Cine, cerca de 1920.


1901
 
1905
 
1907

O argumento que Bráulio Caldas preparou para as danças dos estudantes aposentados do ano de 1901 foi repetido nos anos de 1912 e 1916 num momento de crise das festas.
Em 1945, os novos retomaram as mesmas danças, mas desta vez apenas a partitura musical.

Nas danças de 1912, organizadas pelos estudantes aposentados, ao texto de Bráulio Caldas foi anteposto o seguinte texto, que seria repetido em 1916:

Das velhas Nicolinas arrancadas
A toques de zabumba ao pó do olvido,
Lembrar-se nestas eras avançadas,
É, de velhos, capricho aborrecido.!

Já da Briosa o brilho retumbante
Não chega a dar calor a velharias!
Nem deve o cidadão bom estudante
Desperdiçar o tempo em ninharias…

Mas aos velhos caturras e teimosos
Que da Festa fizeram um altar,
Meteu-se-Ihes nos cascos carunchosos
Qu'inda este ano não tinha d'acabar!

E sem medium, nem mesa, nem sessão,
Num gesto de protesto e de saudade,
Evocaram do Bráulio a inspiração,
Foram buscar o Bráulio à Eternidade.

E levados do Mestre pela mão,
Tal como quando alegre os conduzia,
Sustentam a briosa tradição,
O velho festival da Academia.

E nestas danças, obra do Poeta
Das Nicolinas velho entusiasta,
Esta a síntese da Festa, a mais concreta:
Está um hino de Saudade…





 No Teatro Jordão
 
1945
Ficou registado em ata de reunião da Comissão de Festas Nicolinas 1968 que a organização das “Danças” ficaria entregue, neste ano, à responsabilidade do Rev. Padre Sousa com colaboração dos Velhos Nicolinos, com a ajuda do Eng.Hélder Rocha e Manuel da Costa Guimarães. 
   
1971
 
1972

1978
 
1983
 
1986
 
1987
 
1988
 
1989
 
1990
 
1991
 
1992
 
1993
     
As «Danças de S. Nicolau» são um arrojo de Nicolinos Velhos que na Saudade fundem o desejo de arrancar da penumbra das recordações um espectáculo menos mau na base de um amadorismo total. Apelar à benevolência do nosso público não é nossa intenção já que essa se queda no desejo de proporcionar nuns fugazes momentos de alegria e boa disposição. Se o conseguirmos, ao cabo de onze laboriosos ensaios, bem pagos nos sentiremos pela honrosa presença de V. Ex. As; mas, se tal objectivo não alcançarmos, resta a certeza da nossa boa intenção. E porque a gratidão é também apanágio do Nicolino, aqui a deixa-mos expressa na esperança de que, por momentos, vos façamos esquecer as O.P.V. e os estranhos meandros do cacau... Que o nosso Santo abençoe a Vossa presença amiga e Vos inspire um benévolo perdão para a nossa atrevida forma de lançar pedras no charco.
Luís Almeida
NICOLINAS, 87

 
1994
 
1995


No Auditório Nobre da Universidade do Minho
 
1996
 
1997
 
1998
 
1999
 
2000

 2001

 2002
 
2003
 
2004
     



2005
 
2006
 
2007

2008
 
2009
 
2010

2011
 
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