Arquivo: Danças de 2008

FADO NICOLINO
Fado Nicolino
Letra: Miguel Bastos
Música:
Pedro Rodrigues
Voz - Miguel Bastos
Viola - Paulo Jorge Rodrigues
Guitarra Portuguesa - Pedro Paredes

Pois é mais um ano, mais umas Festas Nicolinas e outras tantas danças..."mais uma volta, mais uma oportunidade!".
E eu vou recuar aos meus tempos de estudante: eu e o Paulo Rodrigues, fomos colegas de turma, do 8.° até ao 12.° ano, entre 1983 e 1987. Estivemos juntos naquele que era e desejo que continue, o melhor liceu do mundo: o "Liceu" de Guimarães. Perdoar-me-ão, mas não consigo chamar-lhe "Escola Secundária", isso cheira a menosprezo: como é que uma Escola Principal pode ser secundária?
Seguimos caminhos diferentes, eu cursei engenharia e ele, medicina dentária. Eu no Porto, ele em Coimbra. Eu enfiado no Orfeão Universitário do Porto, ele na Associação Académica de Coimbra. Metemo-nos nestas "academices" pela via musical, eu no Porto acompanhado de outros vimaranenses e ele, em Coimbra, acompanhado (à guitarra...) pelo Pedro Paredes, outro conterrâneo. E se nos idos de 80 eu já tentava escrever umas letras para as músicas que ele compunha, foi agora sob o signo de São Nicolau que nos juntámos para fazer uma música.
Pois quis assim o destino, assim estava escrito o nosso fado. Eu fiz a letra, um poemazinho singelo, no ano passado, na semana seguinte às nicolinas e ele musicou-o. Chamamos-lhe "Fado Nicolino", que será, mais propriamente e segundo os cânones, uma balada ou toada coimbrã.
Vamos apresentá-lo nesta edição das Danças de São Nicolau, perdoem-nos a ousadia! Assim de paga uma dívida de mais de vinte anos. Dedicamo-lo a todos os Nicolinos.
Isto das "tradições académicas" comporta algo de folclórico... Claro que andar "trajado" tem essas conotações, talvez seja algo anacrónico. Mas isto de convivermos desde as carteiras da escola em camaradagem, castigando peles de bombos e caixas, tem que se lhe diga - é o que nos distingue... não é americano nem Made in Taiwan.
O que nos distingue dos outros povos? Parece que cada vez menos.
Esta réstia de romantismo será, porventura, serôdia, mas ainda nos diz algo.
Nesta era da globalização, da normalização e da anglicização o que nos resta? Ouvimos e lemos constantemente estas pérolas de bom "português":
-Para estar sempre on-line há que fazer um upgrade depois do download do software, se não se apanha o link fica-se em standby.
-Tenho um feeling que este franchising só em futuro com mais marketing, para haver mais feedback é preciso mais know-how, um mailing..,
-Faz-se um breefing para decidir um downsizing ou um outsourcing (isto é jargão de Gestonês, a língua dos Gestores - subespécie que nos levou à bancarrota).
Luís de Camões e Fernando Pessoa (um pouco anglófilo, concedo) que diriam?
Estaremos compelidos a comer hambúrgueres da MacDonalds e emborcar refrigerantes "ricos em açúcar", produtos todos iguais, calibrados, sem alma...? Digamos não à Fast Food e sim ao pica-no-chão!
Não à Coca-Cola e sim ao Vinho verde! (esta sim, é de uma auto-ironia atroz...) E, já agora, o que é que o Jazz tem de português?
Digamos não Halloween e sim às tradições nacionais, sim à cultura estudantil!
Nós, os nicolinos, lídimos defensores das tradições académicas e dignos representantes do homo vimaranensis temos uma palavra dizer e um papel a desempenhar.
Mas, por favor, tirem-me da frente esse tricornos de calções! Mandem-nos para o estrangeiro... em Braga é que eles estão bem!

Miguel Bastos

Para espanto geral, Teolindo, o Camareiro, reúne toda a família e amigos, a fim de dar uma novidade absoluta, algo inimaginável, uma verdadeira bomba! Teolindo revela a sua homossexualidade e, entusiasmado pelo exemplo de Manuel Goucha, deseja assumir a sua relação com um estrangeiro amouriscado proveniente daquela territa a norte do condado, habitada por arcebispos, arciprestes e outros homens de saia, cujo nome nem convém pronunciar...
Mas não é só, querem casar e adotar... Será que vão de ter de ir a Castela, onde o primo Afonso VII e o Alcaide Sapateiro, parecem mais liberais com as escolhas sexuais?
E como reagirá a família a tudo isto? Afonso que considera Teolindo um irmão, D. Muma, que anda sempre curiosa por experimentar novas sensações e o Truão, que, já se sabe, se impressiona com estas coisas ou D.Tareja, que aprecia jogos amorosos múltiplos, mas sempre a jogar na mesma equipa...

 


Concepção e Direcção Geral - Miguel Bastos
Textos originais e adaptações - Miguel Bastos
                                                  Jorge Castelar Guimarães
                                                  Ricardo Gonçalves
                                                  Francisco Castro Ferreira
                                                  Rolando Sampaio
Letras - Miguel Bastos
Coreografia (quando houver...) - Anónimo desconhecido
Cenografia - André Malheiro e Tiago Oliveira
Sonoplastia  - Equipa do C. C. Vila Flor
Luminotecnia - Equipa do C. C. Vila Flor
Ponto Electrónico - Capela Miguel
Guarda-Roupa / Adereços - D. Edite Pereira 
                           Assoc. Marcha Gualteriana
                           A.A.E. L.G.-Velhos Nicolinos
Apoióscopos - Cervejaria Martins
Orquestra - Trovadores do Cano
Ensaios - Sede (ainda incompleta) dos Trovadores do Cano
Realização - A.A.E. L.G.-Velhos Nicolinos
Direcção Musical - Maestro Manuel Magalhães
Arranjo do "Coro Eslavo de Gospel" 
Maestro António Sérgio Ferreira
Coordenação - A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos



Afonso - José Ribeiro
D. Muma - Tiago Oliveira
Truão - João Mesquita
Camareiro - Chico Ribeiro
S. Nicolau - Cândido Costa
Cu-missário - Ricardo Gonçalves

Eládio Clímax, Apresentador - Ricardo Guimarães
Sílvia Aberta, Apresentadora - João Pinto

Gaiteiros:
Vicente Salgado
Pedro Nuno
Dançadores:
Francisco Castro Ferreira
José Vítor
Rui Beirão
José Gaspar Jordão

Declamador - Frederico Gonçalves
Tradutor: Pedro Cunha

Intérpretes:
José Almeida
José Almeida Fernandes

Autista Bastos - Jorge Castelar Guimarães
Vesgo Prurido Latente - Rui Teixeira e Melo
Jusoé Armando Saraiva - André Malheiro

D. Tareja - Pedro Carvalho
Teresa Guilherme - Rui Barreira
Egas Moniz     - André Coelho Lima
Fernão Peres de Trava - Francisco Gama Lobo
Conde D. Henrique - Vicente Salgado

Teclas:
Rui Beirão
Dançadores:
Vasco Portugal
Pedro Nuno
Armando Castro
Nuno Florêncio

Cá vai Lama - João Neves
Juíz-árbitro - Rui Silva

Declamador - Carlos Guerra
Tradutor - Rui Silva

Coreógrafo Jean-Marie Panasque  - José Almeida
Bailarinos:
Sputnik - Rui Beirão
Milan - José Gaspar Jordão
Petrovsky - Pedro Santos
Cech - Luís

Escultor - Nuno
Juíz-árbitro - Rui Silva   

Dançadores:
Filipe Vinagreiro
Vicente Salgado
Nuno Florêncio
Emílio
Carlos Coutinho
Francisco Carlos Soares

Pedro Araújo - João Bernardo "Gela"

Declamador - Miguel Coelho Lima
Tradutor - André Ribeiro

D. Alzira  - Casada, beata - José Almeida
D. Lurdes - Viúva, beata - José Almeida Fernandes
D. Gertmides - solteirona, beata - Miguel Bastos
Mendes - empregado de mesa - Ricardo Guimarães
Martins - empregado de mesa - Damião Martins (cameo)

Grupo Rock - Guerra, Simões & Pedro Russo
Juíz-árbitro - Rui Silva

Touro - Rui Beirão
Paco Bino - Pedro Nuno
El Macho - Vasco Portugal
La Bicha Loca - Carlos Coutinho
D. Pixote de la Sarda - Armando Castro
Pedrito de S. Torcato - Fancisco Castro Ferreira
Bandarilherio -José Gaspar Jordão
Comoteiro - José Vítor Pereira
Choca 1 - Vinagreiro
Choca 2 - Pedro Santos

Al-Toninho - João Pinto
D.Tareja    Rui Barreira
Egas Moniz     - André Coelho Lima
Fernão Peres de Trava - Francisco Gama Lobo
Conde D- Henrique - Vicente Salgado

Jograis-Rolando Sampaio
João Neves
António Teixeira
Augusto Costa
Júlio Martins
João Ribeiro
José Teixeira
Renato Costa

O coro é dirigido pelo Maestro Eikin Nuvejii que é cego de nascença.
Maestro:
Eikin Nuveju
Intérpretes:
Grande Coro Nicolino

CINEMA EUROPEU
Esfregadela teórica: longa-metragem
Longa-metragem é uma obra com duração superior a sessenta . Este padrão é no entanto discutível, visto haver quem o estabeleça para valores de tempo superiores ou inferiores em cerca de dez minutos. Em língua inglesa é designado como feature fílm.
A Academy of Motion Picture Arts and Sciences, o American Film Institute, e o British Film Institute definem um longa pela duração de 40 minutos ou mais. O Centre National de la Cinématographie, em França, define-o como um 35mm (milímetros), o qual é mais longo que 1.600 metros e resulta em 58 minutos e 29 segundos para filmes sonorizados, e o Screen Actors Guild como tendo um tempo mínimo de oitenta minutos.
O filme propriamente dito
FICHA TÉCNICA
TÍTULO: O DEDO DE SÃO DÂMASO Realização: Gusta Gustafson
Principais personagens: Adolfo, Pinochet, Britalhoni, Sócrates, Karl Marx, Um Egípcio, S. Nicolau e um gang de malfeitores...
APRESENTAÇÃO
Gusta Gustafson é originária de Okelbo, uma pequena cidade de cerca de 6.000 habitantes, no condado de Gávleborgs, na Suécia, tendo estudado cinema com grandes mestres, tem como principais influências na sua obra o letão Sergei Eisenstein e os alemães F.W. Murnau e Fritz Lang, de quem bebe a atitude expressionista. A obra ora apresentada, foi filmada um pouco por todo o mundo, de África à Europa e sem as óbvias limitações temporais, sempre constrangedoras da criatividade e capacidade de representação do real. O incomparável poder de síntese de mensagens intrincadas e politicamente comprometidas, é, nesta realizadora, mais do que uma técnica, uma necessidade vital, assumida sem complexos culturais ou fronteiras ideológicas. A assunção da defesa dos valores éticos inerentes à evolução civilizacional dos últimos dois milénios europeus, nomeadamente no campo na ecologia, de forte pendor ativista, tendo sempre, como pano de fundo, a exegese dos textos sagrados e dos clássicos greco-latinos, faz, desta peça um exemplo.



realização - D. Gusta Gustafsson   
Intérpretes:   
Adolfo - Ricardo Gonçalves
Pinochet - Carlos Coutinho
Britalhoni - Eduardo Brito
Sócrates - André Malheiro
Karl Marx - Miguel Bastos
Um Egípcio - Francisco Gama Lobo
S. Nicolau - André Coelho Lima
Gang de malfeitores - anónimos
Gigio Marinetti - Ricardo Gonçalves
Jiirgens Kastelkov - Jorge Castelar Guimarães
Produção - Ricardo "Macieira"
desenvolvimento 1000 Empresas