Foi em 1972 que nós começamos esta aventura. A Roubalheira tinha obrigatoriamente acabado e era preciso encontrar número Nicolino capaz de mobilizar novas gerações. A ideia feliz foi do Meireles Graça que logo se prontificou a produzir a “literatura” necessária, com o apoio e beneplácito do Dr. Adelino Abreu então presidente da AAELG.
Foi assim que inesperadamente nasceu um heterogéneo grupo composto por várias gerações de Nicolinos, que cimentaram com o passar do tempo, uma fraterna Amizade que ainda hoje perdura.
Constantemente hoje referimos como semente maior, como herança Nicolina, esta aventura que são as danças do nosso contentamento.
Entre as diversas lembranças que possuímos são sobretudo: a força de um espetáculo construído uno e irreverente, critico no quotidiano social e politico destes anos de experiências da democracia e ainda arte revelada pelos participantes em diferentes momentos de criatividade cénica, teatral, literária, humorística ou satírica ou tão somente solidárias, capazes de ir consolidando anuidades em noites de ensaio roubadas ao sono, mas transformadas em raros momentos de convivialidade única que o tempo jamais apagará.
O outro momento a não esquecer é a memória e a saudade de companheiros e camaradas Nicolinos que foram passando o testemunho aos mais novos que entretanto foram aparecendo, ou então à nobre lembrança daqueles que atraídos pela “malvada antípoda da vida” levou em viagem sem retorno para o Oriente Eterno. Neste grupo quero referir os companheiros, o Rui Faria, o Chico Carvalho, o Luís Figueiredo, o Zé Gomes Alves, dos mais novos e daqueles que são nossos heróis: o Henrique Martins, o Monteiro da Lamela, o Passos Armador, o Orlando Alves de Fafe e ainda fazendo, doer a nossa alma o Alexandre Rodrigues o nosso S. Nicolau vivo e companheiro de muitos anos.
Já o ano passado referimos em justa homenagem um dos artistas e dirigentes desta aventura: o Prof. Óscar Machado que connosco construiu muitos momentos de alegria e rábula cénica.
Hoje olho à minha volta e de tantos que éramos, em jeito de quase meia centena, somente-encontro o meu velho amigo e companheiro de turma Cândido confirmando que somos os mais antigos deste grupo que nos rodeia quase também de meia centena de Velhos Nicolinos mais jovens que são os “fazedores" destas Danças que hoje sobem à cena na noite de 6 de Dezembro - o Dia do Santo.
Herdamos responsabilidades de produção e dinamização das Danças nas décadas de 80 e 90 cumprindo a nossa missão.
Em tempo próprio também passamos testemunho a novos que mostraram capacidades e vontade de continuar este legado que é fundamental, para revelar ao nosso público, às nossas famílias, aos vimaranenses que este espetáculo uno e único, só é possível realizar desta forma irreverente, subindo à cena anualmente, completamente original e sem direitos de autor, porque é uma catarse coletiva de emoções, transformada em espetáculo cultural e dádiva maior à Cidade e ao seu Povo.
Trinta anos depois, descobrimos ao olhar o reflexo de nós mesmos ao espelho, as cãs que nos lembram o tempo que já passou. E nestes momentos de emoção contida descobrimos a forçada Amizade consolidada com estes companheiros de aventura, Isto também é o Património Cultural.
Saltamos, cantamos, pinchamos, dançamos, rimos e brincamos. Ensaiamos dezenas de vezes com os pós frios na antiga sede dos Trovadores e depois de ela ir abaixo por força do crescimento da cidade, já na nova sede que vimos crescer, fizemos noites terminadas em magustos fora de tempo ou encontros com "fritos com arroz” à moda do nosso presidente que nos deliciaram e forma razões a justificar os nossos Encontros e Combates Nicolinos. Também com os nossos Amigos Trovadores.
As Danças estão aí novamente e eu talvez Ku-mandante pela derradeira vez, espreito a oportunidade de encontrar seguidores, neste velho papel de Nicolino dançador.
Vontade me dá de estar cá com outros amigos na primeira fila a aplaudir os artistas destas Danças.
Afinal já lá vão 30 anos destas Danças já de muitas gerações.
Viva S. Nicolau! Fernando Capela Miguel
A justiça do Reino tarda mas não falta, e quem melhor para a administrar que os mais poderosos do Reino. O poder absoluto corrompe absolutamente, o divertimento absoluto diverte.......dissolutamente???
Textos e Letras - Miguel Bastos Rolando Sampaio Coreografia - Somos Nós Cenografia - Miguel Bastos Sonoplastia - Carlos Cerca Incorporated. Luminotecnia - Carlos Cerca Amalgamated Caracterização - Somos de Carácter Ponto Electrónico - Capela Miguel Contra-as-Regras - Vicente Salgado Guarda-Roupa /Adereços - D. Edite Pereira Assoc. Marcha Gualteriana A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos Voz "Off" - Miguel Bastini HARDWARE - Cervejaria Martins - Martin's Brother's SA Symphonica Orchaestra - Trovadores do Cano Ensaios - Muitos...hehehehe!!! Realização - A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos Direcção Artística - Miguel Bastos Direcção Musica - Maestro Manuel Magalhães Coordenação - A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos Edição Coordenada por - Ricardo Gonçalves
Afonso - José Ribeiro
D. Muma - Tiago Oliveira
Truão - João Mesquita
Melão, o Camareiro - Chico Ribeiro
S. Nicolau - Cândido Costa
Pimenta - Augusto Costa
Palatsi - José Gaspar Jordão
Romeu - Carlitos
Edil - João Neves
Guga - Rolando Sampaio
Pedrão - Damião Martins
Guarda-Costas - Miguel Rocha
Guarda-Costas - Rui Guimarães
Dr. Ornelas - Miguel Bastos
Apoiante n° 1 - José Almeida
Apoiante n° 2 - José Almeida Fernandes
Apoiante n° 3 - Marco Oliveira
Apoiante n° 4 - Ricardo Guimarães
Apoiante n° 5 - Luís Correia
Jafo - Miguel Bastos
Adida - Carlos Marques
Prof. Makumba lalá - Ricardo Guimarães
Dor-Queimada - Ricardo Gonçalves
Armando Gestapo - Miguel Rocha
David Pide - Rui Guimarães
Jograis
Augusto Costa
António Teixeira
João Neves
Rolando Sampaio
António Costa
Bento Pimenta
Carlos Abreu
Duarte Leite
Francisco Soares
João Afonso Almeida
João Paulo Faria
Manuel Filipe Vinagreiro
Pedro Bragança
Pedro Abreu
Pedro Sousa
Sérgio Costa Abreu
Comissão de Festas Nicolinas 2003
Presidente Jorge Alexandre Pires Marques
Tesoureiro Frederico Martins Gonçalves
Vice-Presidente Frederico José Martins Da Costa
Secretario João Pedro da Costa Maia
1° Vogal da Academia Pedro Manuel Rocha dos Santos Rodrigues
1° Vogal de Festas João Miguel da Costa Gonçalves
2o Vogal de Festas Igor Alcino Sampaio Gonçalves
Chefe-de-Bombos Pedro Nuno Maia Freias Ferreira
Sub-Chefe-de-Bombos Francisco Jorge Silva Fernandes Correia
CÂNTICO PARA A EDUCAÇÃO SEXUAL DOS JOVENS
Frei Jerónimo Pedro Bragança
Frei Anónimo Armando Castro
Frei Homónimo Miguel Bastos
Frei Heterónimo Rui Beirão
SINOPSE
Vamos escutar de seguida a peça "Cântico para a educação sexual dos jovens", encontrado num manuscrito escrito á mão, nas recentes escavações do metro do Porto. A peça é da autoria de um frade anónimo do Século XVII. O Frade chamava-se Frei Jerónimo José Anónimo das Chagas.
Interpretará o Cântico o conjunto acappella "ACÓLITOS ANÓNIMOS".