Em
1927, de novo pela pena do Padre Roriz. Foram noticiadas assim no Comércio de Guimarães:
As danças, cuja letra pertencia ao velho entusiasta das festas o rev. Gaspar Roriz, mereceram como sempre, simpatia e aplausos.
Os
rapazes andaram regularmente, apresentando-se bem postos,
principalmente as “galantes” demoiselles, de saias pelo joelho e braços
nus...
No teatro, aonde se exibiram a 1.ª vez, pela aglomeração de
povo, estiveram iminentes alguns conflitos, que se não teriam dado se a
força pública tivesse presidido desde a abertura da porta.
MINERVA, MÃE DOS ESTUDANTES E AVÓ DO PORTUGAL MAIORMinerva
Sou mãe dos estudantes
a quem dou todo o amor;
e espero ser avó do Portugal Maior.
Quero-lhe muito bem:
sou duas vezes mãe!
Dai-lhe, pois novos brilhos,
estudantes, meus filhos.
Côro
O' nossa cara avó,
linda, formosa diva !
Gritemos todos : «Viva a querida avó!»
Xim xim, xim, pó, pó.
Minerva
Ninguém trabalhará,
no Portugal Maior;
não haverá ninguém
gue não seja doutor.
O trabalho é p'ra os pretos.
Eis aí os decretos
que vos dá vossa avó.
Tocai: xim, xim, pó, pó.
Côro
O' nossa cara avó,
linda, formosa diva !
Gritemos todos : «Viva a querida avó!»
Xim xim, xim, pó, pó.
O PRESENTE E O PASSADO
Meninas e velhos
Meninas
O' raparigas, como é nossa amiga, a
linda Moda com as leis que deu !
Tudo rapazes, tudo sexo forte !
O feminismo onde está ? Morreu.
Velhos
Ai tempo, tempo em que doiradas tranças
corriam lindas: pelos ombros delas !Ai que
saudades nós sentimos hoje dos rostos lindos
de ideais donzelas!