Arquivo: Danças de 1931

As danças de 1931, com o título O Minuete, foram montadas por Jerónimo de Almeida, com a colaboração musical de António Guise. Neste ano, as festas não tiveram o brilho de outras eras. A retirada do 6.° e 7.° ano de Guimarães deu um golpe formidável nestas festas, escrevia-se no Comércio de Guimarães, segundo qual, no entanto, as danças fecharam com chave de ouro estes alegres festejos:
Por duas vezes se encheu literalmente o teatro Gil Vicente, na ânsia de presenciar o melhor número das festas Nicolinas.
A letra destas, bem como do bando escolástico, pertencia, como já dissemos, ao nosso amigo o snr. Jerónimo Almeida, que firmou o justo conceito em que era tido. Muito finas e mimosas e do mais belo efeito.
Os estudantes estavam bem ensaiados e optimamente vestidos.
Nas danças, alguns pares salientaram-se pela maneira donairosa e elegante como executavam alguns passos, merecendo aplausos.
No final, e após prolongados aplausos, foram chamados ao palco, aonde receberam justas ovações, pelos seus trabalhos, o snr. Jerónimo Almeida, o ponto, e o snr. António Guise.
Há ainda a salientar a distinta colaboração do novel professor de música o snr. Manuel Marques Ferreira, que acompanhado do snr. António Guise, foi incansável para o bom êxito das danças.




A sorte do anel
(Teodoro não vás ao sonoro)

Solo
O' meus amigos
Não ss zanguem por favor,
Oh, não se zanguem
Que isto assim é um horror !
Venham cá ambos
Aqui ao pé de mim,
A paz se restabeleça
E fique tudo assim !

Quero-os juntinhos,
Muito dados e liais,
Oh, não se batam,
Não se batam nunca mais!
E se desejam
Ter sempre o meu afecto,
Não me torturem mais
O coração inquieto!

Estribilho
Alegria Haja neste dia!
Alegria
Só e nada mais!
Alegria,
Que doce ambrósia
O céu nos envia
Entre fulgores astrais!
Alegria,
Suave magia|!
Alegria
Maná dos mortais!

Solo
Verde esmeralda
Neste anel a cintilar,
Decide a sorte
Do que há-de ser meu par!
P'ra deste modo
Nunca poder depois,
Queixando-se de mim,
Lamentar-se algum dos dois...

Chegou a hora
De eleger o meu amado,
Oh, que ele seja
Pelos céus abençoado!
Verde esmeralda
Onde brilha a esperança,
Qual será o meu noivo
Que há-de ter a aliança ?!

(no fim deste número dansam um minuete)

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