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Apresentação final do Estudo Antropológico sobre as Festas Nicolinas
Foto Paulo Pacheco

A Câmara Municipal de Guimarães  procedeu, numa sessão pública e de acesso livre agendada para o dia 21 de Março, pelas 21:30 horas, na Plataforma das Artes e da Criatividade, à apresentação final do Estudo Antropológico sobre as Festas Nicolinas.
O jornalista Samuel Silva, moderador da apresentação, dando inicio à apresentação congratulou-se pelo auditório estar repleto de interessados no fenómeno Nicolino. Estavam com o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, os vereadores da Educação e o da Cultura bem como os vereadores do PSD, CDS e CDU. Conseguiu-se também confirmar a presença na sala dos diretores das Escolas Secundárias Santos Simões e Francisco de Holanda, de Marta Nuno em representação da Irmandade de S.Nicolau, bem como a maioria dos Corpos Sociais da AAELG Velhos Nicolinos e da Associação de Comissões de Festas Nicolinas(ACFN). 
De seguida Jean-Yves Durand desenvolveu a exposição sobre o estudo antropológico sobre as Festas Nicolinas e passou a palavra a Hugo Castro que falou sobre os sons Nicolinos. De volta a Jean-Yves Durand este, escusando-se primeiramente a dar a sua opinião pessoal, destacou que "é necessário o debate sobre a eventual proposta de candidatura", tendo em conta os aspetos negativos que a mesma pode acarretar, desde logo pelo custo, sendo que é "um investimento avultado sem garantia de retorno", considerou, lembrando que a pretensão bem sucedida do Fado custou mais de 4 milhões de euros e a do Cante Alentejano, ainda sem decisão, está orçamentada em um milhão.
Por outro lado, no caso das Nicolinas, tratando-se de uma tradição organizada por uma comissão de estudantes do ensino secundário de Guimarães, as praxes internas da "Comissão dos Novos" deverão ter de sofrer alterações para aumentar a probabilidade da promoção junto da UNESCO.
Além disto, as Nicolinas são "uma festa local com visibilidade muito reduzida noutros concelhos, e até mesmo nos arredores da cidade de Guimarães", considera Durand, confessando ter ficado completamente conquistado pela identidade da cidade, elogiando a "profundidade histórica e complexidade do ritual" das Festas Nicolinas.
Numa das últimas intervenções do debate o vereador do PSD André C. Lima deu os parabéns pelo que julga ser o primeiro relatório antropológico sobre as Festas Nicolinas e frisou que achava que Guimarães, muito mais que as próprias festas, ficaria a ganhar com a junção do seu Património Mundial com um possível Património Imaterial, situação talvez única no Mundo.
No final o presidente da Câmara Domingos Bragança confirmou ter-se decidido inscrever as Festas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, que é o primeiro passo obrigatório para uma eventual abertura de candidatura mas defendeu que "é necessário um processo de reflexão entre todos" e que a autarquia o vai promover.
Desta apresentação não saiu, para já, nenhum documento, ficou prometido pelo presidente da Câmara a publicação da investigação num livro. Jean-Yves Durand referiu também que seria interessante, atendendo ao basto conteúdo multimédia, a publicação de um livro digital (ebook).
23.03.2014
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