O Padre Gaspar Roriz , numa caricatura de José de Meyra de 1905. Da colecção da Sociedade Martins Sarmento.
Nascido a 30 de Agosto de 1865, o sacerdote morreu a 7 de Março de 1932. Era filho de José Pedro da Costa Roriz e de Teresa Maria de Jesus de Sousa. Padre Gaspar Roriz é uma dessas figuras que após a morte viu imortalizada a sua memória em artigos publicados. Apesar das limitações existentes na época, a edição de 9 de Março de 1932 do Comercio de Guimarães publicou a notícia da sua morte da seguinte forma: “Faleceu! Os sinos de diversas torres da cidade tocaram à agonia, lenta e dolorosa, do grande vimaranense que placidamente partia para onde não mais se volta”. “O Padre Gaspar Roriz se não foi grande pelo seu nascimento foi-o pelo muito que fez à sua terra. Espírito jocoso e culto, e inteligência lúcida, era o orador apreciado no salão, e o pregador distinto que atraía e satisfazia”.“Jornalista de mérito, chegando a ser director e orientador de um jornal, era sempre cronista oportuno, vivo e mordaz, que teria um nome consagrado se assiduamente se dedicasse ao jornalismo. Não houve conferência solene ou movimento patriótico aonde se não fizesse ouvir o Padre Gaspar, sempre risonho, sempre oportuno e sempre bairrista e patriota. A nossa academia deve-lhe muitos triunfos. Foi, anos seguidos, orientador dos seus folguedos. Alma sempre moça e espírito alegre, dava-se bem com os novos. Revivia os tempos passados”. Pelo Catálogo da Exposição Bibliográfica de Autores Vimaranenses, realizada na Sociedade Martins Sarmento em 1953, ficamos a conhecer essa vertente multifacetada do distinto sacerdote. “Orador sagrado, poeta, jornalista e autor de diversas peças teatrais. Escreveu vários bandos, recitativos e danças musicadas dos estudantes do Liceu de Guimarães, nos festejos de S. Nicolau”. Na Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento existem as seguintes obras da autoria do Padre Gaspar Roriz: «Um Sonho Oriental», poesia; «Os dois marçanos» (teatro), «Oração Fúnebre» e «Auto da Saudade».