Arquivo: Danças de 1923
Ode á CábulaViva a Cábula, viva o prazer! j
Viva a Cábula que é nossa mãe!
Os que passam a vida a sofrer
com certeza juízo não têm. ;
O' nobre pátria dos Lusos,
O' terra linda, sem par,
deixaste a roca e os fusos,
já nao podes, já não sabes trabalhar.
Estudar, meus irmãos, que o estudo
dá riquezas falíveis e falsas;
leva a vista, os vinténs, leva tudo,
leva até os fundilhos ás calças.
O' nobre pátria dos Lusos,etc.
Bela Cábula, és sempre int'ressante,
és a mãe mais fecunda e famosa!
Tu conferes em prémio ao estudante
a peluda e galante raposa.
Ó nobre pátria dos Lusos, etc.
Dize aos mestres, ó Cábula amiga,
p'ra que tenham dó, pena de mim :
- «Filhos meus, deixae lá a cantiga,
pois vós todos já fostes assim . . . »
O' nobre pátria dos Lusos, etc.