Arquivo: Danças de 2007

Este ano, Nicolau decidiu chamar para o seu lado o nosso Dr. José Alberto Martins de Faria, Presidente da Assembleia Geral da Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães, e Presidente no coração dos Amigos, num jantar de todas as ultimas sextas-feiras de cada mês, com mais de três décadas, ininterruptamente realizado, na companhia de Nicolinos. Estará connosco sempre, e, acreditamos que um destes dias, todos teremos, como sempre, mesa marcada, numa desta Sextas-Feiras, num sitio melhor...

Com Saudade, Os Amigos Nicolinos

 Músculo, coração e cabeça

E eis que chegamos a mais uma função das Danças de S. Nicolau,fecho, esperamos, com chave de Ouro destas tão Festas tão  peculiares, ou como se diz em estrangeiro, tão sui generis.  Espera-se a crítica do costume e dos costumes, do social, da política. O Monumento ao Nicolino aí está orgulhoso e de pé, tal como o  pinheiro, símbolo de orgulho fálico que pelo solstício penetra e  fecunda a terra neste infindável ciclo de renovação.É a Natureza  no seu esplendor e a natureza humana no seu melhor.E José de Guimarães - de Guimarães, frise-se, porque é dum vimaranense e dum nicolino que se trata e cidadão do mundo, que já tinha espalhado a arte em espaço público pelas sete partidas, vê, finalmente, uma obra sua à disposição de todos na terra que o viu nascer. È um orgulho que seja "só" um Monumento ao Nicolino! Guimarães, ultrapassada a depressão de ter vivido um ano "de segunda", será, ao que parece, a Capital Europeia da Cultura em 2012. A reboque desenham-se projetos mais ou menos faraónicos, mais ou menos caros aos vimaranenses e mais ou menos caros para o erário público. E, como bem sabemos, o político natural e reiteradamente, mente...E aí está a tão portuguesa mania de começar a construir pelo telhado, esquecendo as fundações ou alicerces (perdoem- me a minha deformação profissional de engenheiro...).Mas a veia Nicolina, perdoar-nos-ão, vê os factos de viés, de inusitadas perspetivas e o que nota? Renove-se a cidade e arrabaldes a esmo... Controle-se o voraz apetite imobiliário da Veiga de Creixomil implantando um parque de lazer, mas, adense-se as imediações do nó de Silvares... Plantem-se na Zona de Couros com uns modernos institutos l&D para-universitários e chame-se-lhe pomposamente CampUrbis, que é em  estrangeiro e dá sempre um ar avançado...Transplante-se a Feira Semanal para junto do mercado e, já agora, por pura coincidência, para junto o Hipermercado... Encha-se o Velho Mercado, devidamente remendado,-de velho se faz novo, e passe-se a recinto de diversão diurna e noturna. E no Toural , icónico, centralidade extra-muros, arrase-se tudo, pavimente-se "à moda de Braga" e arranque-se qualquer vestígio de plantas ou árvores... Mas a veia Nicolina, repetimos, vê os factos de viés e descobre que a Cultura se pode vender e Turismo também... então porque não uma Capital do Culturismo?...
Culturismo, síntese paradoxal entre a Cultura e o turismo, ou seja, músculo com cérebro, coração com razão, arte com suor...
E, porque não é proibido sonhar, novas propostas se afiguram exequíveis:
-um Aeroporto internacional subterrâneo no Campo da Feira, em substituição da OTA;
-um Metro suspenso entre Gonça e Pevidém, em substituição do TGV;
-um Oceanário no Parque de estacionamento da Mumadona;
-um Complexo de Pirâmides em Aldão;
-um Muro de Berlim na Morreira; e... até:
 -um Teleférico para a Penha!
Mas, agora a sério, porque não se retoma o figurino do Toural do séc. XIX, um rossio em terra batida? E porque não manter umas arvorezinhas, que o preços da sombra e do ar puro estão pela hora da morte? E até se pode construir um parque de estacionamento por baixo e enterra a circulação automóvel... E, a talhe de foice, para quando um Museu da Cidade?E, finalizando, para quando na toponímia vimaranense uma "Rua de São  Nicolau" ou uma "Avenida das Festas Nicolinas"?
Boas Danças,
Miguel Bastos
 
Um condado habitado por irredutíveis portucalenses resiste ainda e sempre ao invasor. e a vida não é fácil para as guarnições de correligionários mouros dos tachos entrincheirados de Al-Tê-GêVeh, Al-OTAh, Al-Scut e Al-Pê-Esseh...Estamos no ano "mil-cento-e-qualquer-coisa" depois de Jesus Crito ou no ano "dois-mil-e-qualquer-coisa" depois do mesmo. Toda a Portugália está ocupada pelos mouros... Toda? Não! Afonso, envergonhado por um ano de travessia no deserto na divisão secundária, por onde penou o Vitória, cedeu estrategicamente, diga-se, o lugar a Dona Muma. Esta, qual Filipe Meneses, "o enfermiço", não se fez rogada e assumiu as rédeas da liderança do Condado... A primeira medida, de alto coturno, foi consagrar o burgo vimaranense como Capital do Culturismo. E o que é o Culturismo? Não é mais qua a cultura vendida pelo turismo... verdadeiro ovo de Colombo, batata de Vasco da Gama ou bife de Cabral. Grandes crânios, gurus, projectistas, quais Mourinhos ou Scolaris são sondados para reformular a face da cidade... qual loira platinada que anseia por mais um "lifting" ou injecção de botox... Obras faraónicas são planeadas numa frenética ânsia Pombalina:casa da ópera (música própria para operários), a transplantação, por enxerto, da praia da Póvoa para os arrabaldes da veiga de Creixomil, a completa repavimentação a cimento e betuminoso, vulgo "asfalto" de todo o perímetro citadino, a venda em hasta pública de toda e qualquer planta, árvore e afins... Enfim o "Culturismo" é todo um movimento "avant la lettre" e está em marcha... Fujam enquanto é tempo!

 

Concepção e Direcção Geral - Miguel Bastos
Textos originais e adaptações - Miguel Bastos
                                                   Ricardo Gonçalves
                                                   Francisco Castro Ferreira
                                                   Jorge Castelar
Letras - Miguel Bastos
Coreografia - A Chorus Line
Cenografia - Miguel Bastos
Sonoplastia  - C. C. Vila Flor
Luminotecnia - C. C. Vila Flor
Ponto Electrónico - Fernando Capela Miguel
Guarda-Roupa / Adereços - Assoc. Marcha Gualteriana
                           A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos
Apoióscopos - Cervejanário Martins
Orquestra - Trovadores do Cano
Ensaios - Sede dos Trovadores do Cano
Realização - A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos
Direcção Artística - Miguel Bastos
Direcção Musical - Maestro Manuel Magalhães
Coordenação - A.A.E.L.G.-Velhos Nicolinos
Livro das Danças - Capa -Tiago Oliveira
                            Conteúdo - Ricardo Gonçalves

)
Afonso - José Ribeiro
D. Muma - Tiago Oliveira
Truão - João Mesquita
Camareiro - Chico Ribeiro
S. Nicolau - Cândido Costa
Eládio Clímax, Apresentador - Ricardo Guimarães
Angelina, Apresentadora - Carlos Marques
J. Isidoro, Apresentador - Miguel Bastos
Músico DeFundo - Óscar Ribeiro
Sr. Machado, Porteiro    Pinto
João de Lajes e Milfontes - Ricardo Gonçalves
Senhor Engenheiro - Frederico
Comerciante - Rui Silva
Gajo da Noite - Francisco Gama Lobo
Cruzado - André Coelho Uma
Industrial - Rui Barreira
Ecologista - André Malheiro
J. Isidoro, Apresentador - Miguel Bastos
Paulo Sottomayor - Paulo Jorge Rodrigues
José Marques - Pedro Paredes
Inspector da Pi-Jota - Jorge Castelar
Man de Gonça 1 - Fancisco Castro Ferreira
Man de Gonça 2 - Nuno
Mulher da Fruta - Rui Beirão
Mulher da Peixe - Vinagreiro
Segurança - Vicente Salgado
Cigano - Armando Castro
Adolfo Dias - José Gaspar Jordão
Pituxa - Francisco Soares
Kenga 1 - Vasco Portugal
Kenga 2 - João Portugal
Agente da ASAE 1 - Petrovsky
Agente da ASAE 2 - Pedro Vinagreiro
Agente da ASAE 3 - Bragança
Transeunte - Luís Guise
Bêbado - José Vítor
Padre Vilaça - José Almeida Fernandes
Baptista, Sacristão - José Almeida
Beata Mariazinha - Miguel Bastos
Al Cajudah - O'próprio
Rolando Sampaio
João Neves
António Teixeira
Augusto Costa
Júlio Martins
João Ribeiro
José Teixeira
Renato Costa
desenvolvimento 1000 Empresas